A nova diretoria eleita da Assemperj | Sindsemp-RJ tomou posse na noite de ontem (10/03) em cerimônia realizada no auditório do Sindjustiça, no Centro do Rio. Estavam presentes na mesa o Subprocurador-geral de Justiça de Atribuição Originária, Dr. Marcelo Pereira Marques, o presidente da Comissão de Servidores Públicos da Alerj, Deputado Estadual Flávio Serafini (PSOL-RJ), a dirigente do Sepe-RJ representando o Fosperj, professora Helenita Beserra, em nome da Fenamp o diretor jurídico do Sindsemp-MG, Eduardo Amorim, além do nosso presidente, Vinícius Zanata, e a vice-presidente, Juliana Vargas. Há muitos anos não era realizada essa solenidade, um ato simbólico para marcar o início da nova gestão e reafirmar os compromissos da chapa Sedimentando o Futuro. Ao final foi servido um coquetel aos participantes para a confraternização com os colegas e parceiros.
Na abertura o representante da Fenamp, Eduardo Amorim, parabenizou a nossa diretoria e destacou que acompanha há muitos anos o trabalho super exitoso desempenhado em prol dos servidores do MPRJ. Ele lembrou da participação do nosso presidente na audiência da Assembleia Legislativa de MG, na qual foi super aplaudido ao pontuar os malefícios do RRF para os servidores e a população dos nossos estados. “É um momento para celebrar a posse e o trabalho maravilhoso dessa dupla dinâmica, e parabenizar os servidores do MPRJ porque vocês estão muito bem representados. Tanto a Fenamp quanto o Sindsemp-MG, somos irmãos e estamos à disposição de vocês”, afirmou.
Representando o Procurador-Geral de Justiça, o Subprocurador-geral de Justiça de Atribuição Originária, Dr. Marcelo Pereira Marques, ressaltou a satisfação em participar da cerimônia e trouxe uma mensagem de sucesso, presença e diálogo da nova gestão da Instituição, que está comprometida com a valorização dos servidores da casa. A abertura do novo concurso público para os servidores foi uma sinalização neste sentido, segundo ele.
“Abrir um concurso público de novos servidores era uma demanda que se arrastava há muito tempo em função do RRF. Ingressei no MPRJ em 1993, aprendi que a instituição é uma só e não há uma dicotomia entre servidor e membro. Assim como a flecha não se dispara sem o arco, o membro não trabalha sem o servidor. Somos uma equipe trabalhando juntos pelo mesmo motivo com funções elevadas concedidas pela Constituição ao MPRJ. O trabalho em prol do mesmo objetivo vai persistir, diferenças podem acontecer e o caminho para superá-las é o diálogo”, destacou.
Lembrando da importância da Assemperj | Sindsemp-RJ no debate a respeito dos servidores públicos na Alerj, o Deputado Estadual, Flávio Serafini (PSOL-RJ), comentou a atuação da entidade em defesa da previdência dos aposentados. Ele foi presidente da CPI da Previdência, que denunciou um rombo de R$ 30 bilhões que serão pagos até 2028 em função da Operação Delaware, que estava investigando o empréstimo de bancos a paraísos fiscais violando o direito de pensão e aposentadoria dos servidores do Rio.
“A Assemperj foi uma das entidades que entendeu a importância desse processo e se colocou como centralidade do debate, teve esse exemplo dentre vários outros. Temos a diretoria acompanhando tudo isso também pelo conselho do Rio Previdência. É um ciclo que se renova com essa nova posse tão importante para os servidores do MPRJ, pois é uma diretoria muito atuante, e o MPRJ é fundamental para toda a população do Rio”, ressaltou Serafini.
A nova diretoria marca uma gestão preocupada com o futuro, como o próprio nome da chapa escolhida. A atuação nessa gestão terá um olhar para o futuro no sentido de plantar sementes visando frutos permanentes e importantes para a categoria. Neste sentido, como salientou a vice-presidente, Juliana Vargas, a equidade de gênero da nova composição aponta para essas mudanças necessárias para tornar a representatividade mais democrática. Ela também destacou a proximidade com as entidades e movimentos parceiros, que estão cada vez mais caminhando juntos promovendo convênios, atividades e lutas em comum.
“Como diz um provérbio africano, se você quer chegar rápido você vai sozinho, mas se você quer ir longe deve ir em conjunto, de mãos dadas com as pessoas. Nossa gestão faz antes de tudo uma luta coletiva, e é muito importante que nós estejamos pautando essa coletividade e a valorização dos servidores. A partir dessa visão que temos integrado as entidades nacionais junto às suas lutas, e também pautado cada vez mais a importância e protagonismo do servidor dentro do MPRJ. Dentre as nossas prioridades, está a recomposição salarial, que é um direito previsto na constituição”, disse.
Por parte da Fosperj, a diretora do Sepe, Helenita Beserra iniciou sua fala citando as manifestações das mulheres no Centro do Rio naquela ocasião em função das mobilizações do Dia da Mulher e também destacou a importância da luta dos movimentos nas ruas. “Sabemos da importância da luta deste sindicato coirmão, que tem se colocado dia a dia junto aos demais movimentos e entidades. E para nós do Fosperj é uma grande alegria a posse desses companheiros que estão reassumindo. Estamos num Estado que não tem muita valorização do servidor e do serviço público, por isso precisamos lutar pelos nossos direitos, o que significa em última instância um bom serviço para a população”, pontuou.
Após assinatura do termo de posse, o presidente da Assemperj | Sindsemp-RJ fez o discurso de encerramento. Iniciou agradecendo a todos que fazem a construção da Associação e do Sindicato, como os os diretores, funcionários, companheiros de movimentos sociais, parceiros comerciais e os colegas que votaram nele. Seu discurso lembrou de vitórias da categoria, mas sobretudo reafirmou os compromissos para os próximos anos, como a criação de um federação dos servidores no Estado, a defesa do programa de teletrabalho, da recomposição salarial e dos benefícios, assim como o aprimoramento e valorização das carreiras e dos aposentados:
“Importante celebrar as nossas conquistas e reafirmar compromissos nesta posse, pois a defesa do serviço público e da previdência dos nossos servidores são uma luta incansável nossa. Reafirmar a luta pela reorganização dos nossos movimentos. Precisamos ter uma federação estadual para organizar e profissionalizar a nossa luta, precisamos institucionalizar e estruturar. Dentre as nossas pautas, reputamos o teletrabalho como a principal política de promoção da saúde mental, pois transformou a vida das pessoas, aproximou famílias, e não sacrificamos o serviço público por isso. Muito pelo contrário, pois a produtividade cresceu e muito. Temos muito trabalho pela frente e nossa diretoria está empenhada em prol de melhorias dos servidores do MPRJ e de todo o Estado”, concluiu.
