Lembram do caso de profissional do Núcleo de Saúde denunciado pela Assemperj | Sindsemp-RJ representando servidoras do MPRJ que sofreram de violência de gênero na perícia médica?
Pois bem, na semana em que se comemora o Dia Nacional de Combate ao Assédio Moral no Trabalho, em 02/05, informamos à classe que essa pessoa não faz mais parte do quadro do MPRJ, uma vez que foi devidamente exonerada. Uma grande vitória da categoria e mais um passo na luta contra toda forma de violência no parquet fluminense!
“A exoneração era uma medida que se impunha desde o início e ansiosamente aguardada pela diretoria, pois se tratava de ocupante de cargo em comissão e as provas eram robustas. Mas a saída não apaga o que ocorreu, pelo contrário. Não queremos perseguir ninguém, mas a coragem das servidoras que venceram o medo e denunciaram o péssimo profissional não pode ficar sem respostas. Vamos continuar buscando justiça ao caso. Para que não se repita, nunca mais”, disse Vinícius Zanata, presidente da Assemperj | Sindsemp-RJ.
A assessoria jurídica da Associação, que acompanha o caso, defenderá que a apuração disciplinar no MPRJ vá até o fim, mesmo com a exoneração. Deixar o cargo para não sofrer sanção não pode ser uma opção disponível ao sindicado, até porque se trata de pessoa que tem outro cargo público e precisa levar para o seu órgão seu histórico funcional reprovável. Além disso, estamos avaliando possível representação no Conselho Regional da categoria.
”Esse é mais um exemplo de que vale a pena lutar contra o assédio e as diversas formas de violência laboral. Com um trabalho bem feito de produção de provas e a devida orientação psicológica e jurídica, esforço conjunto desta gestão, derrubamos o mito da impunidade nesses casos. Sabemos que nem todos têm a mesma condição de denunciar, mas trabalhamos cada caso com suas peculiaridades”, afirma Juliana Vargas, vice-presidente da Assemperj | Sindsemp-RJ.
Fica aqui nosso agradecimento a todas as servidoras que se dispuseram a falar sobre seus casos, o que nunca é fácil, e à nossa assessoria jurídica da Dr. Isabela Blanco, que acompanha o caso desdeo início pelo Escritório Cezar Britto Advogados, e transformou sofrimento em luta.